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A vida por tráz do véu
domingo, 26 de julho de 2009 20:52
Apaixonada por outras culturas e o que a informação da diferença me pode trazer de construtivo para minha vida, são inúmeros os livros que li sobre a cultura árabe. A paixão por uma das danças mais sensuais e emotivas que conheço são um paradoxo no que toca às suas origens. Sultana - A vida de uma princesa árabe, foi o última companhia literária e que mudou de uma forma assustadora, a forma como vejo aquele povo.
Sultana é uma princesa da Arábia Saudita que relata durante 300 páginas o que é viver sobre a lei islâmica e o que isso representa na prática.

O Corão é o livro sagrado do islamismo. Este livro determina a conduta a ser seguida pelo o povo que segue a fé muçulmana. Neste mundo, não existe separação entre a Igreja e o Estado como vemos no Ocidente. A religião islâmica é a lei suprema. No entanto a sua interpretação foi e é efectuada de homens para homens, considerando a mulher um ser inferior, sem direito a decisão, sendo alvo das maiores atrocidades. Com esta leitura, entendi na primeira pessoa qual é a realidade islâmica e a teia complexa que esta sociedade representa na vida de uma mulher.

A verdade nua e crua, sobre o poder reprimido dos homens, para com as indefesas mulheres, começando pelo o seu traje (
abbaya) que deve ser usada desde a sua primeira menstruação. Pouco tempo depois, são vendidas, a homens assustadoramente mais velhos, sendo que a noite de núpcias o momento em que a virgem deve ser desbravada, com evidência de sangue nos lençóis, com o perigo de ser rejeitada pelo o marido e pela sua própria família. Após isso, confinadas às suas casas,
pois não podem sair sem a autorização do marido, a sua única e exclusiva função é dar filhos varões e estarem disponíveis para o marido. Depois disso, têm que lidar com a humilhação da liberdade dos seus maridos, irmãos e a dos seus próprios filhos...

Não são raros os casos de mulheres acusadas injustamente e serem julgadas com castigos atrozes de apredejamento, chicotadas e ou quarto mulher (todos descritos no Corão!). Este último foi o que mais me assustou pela sua crueldade. As mulheres podem ser condenadas a ficar num quarto sem luz, até que a morte as leve... Não posso acreditar que neste momento existem mulheres nessa
condição.

Mas... como mudar esta cultura? A mudança é lenta mas acontece. Entretanto são criando mundos paralelos, onde as mulheres puxam pela imaginação e manipulam a vida à sua volta para conseguirem o que querem. Há homens, apesar de tudo que não consideram esta situação da mulher, digna, no entanto também eles podem ser julgados se apoiarem uma mulher que actuou "incorrectamente".

Revoltante. Chocante. Traz me angústia. Mas também me dá consciência que tenho muita sorte. Sorte em ter a liberdade que quero, ainda que por vezes me considere presa. Essas considerações perdem o sentido quando relativizo.

A expressão "Que Alá esteja contigo" só tem significado para quem é homem. Alá não está com estas mulheres.