Não digo por vezes o que quero dizer, para não correr o risco de ser mal interpretada pela forma como o digo, pois a maior parte das vezes não consigo não demonstrar o que sinto, como quando a mostarda me está a subir ao nariz, por haver algo que me desagrada. Antes dizia tudo o que pensava. Com o tempo, aprendi que não deves dizer tudo nem de qualquer maneira. Ou melhor, podes fazê-lo, mas na maior parte das vezes a consequência não é a que se pretende. Agora não digo. Guardo para mim. O meu coração e a razão entram em debate tentando discriminar o sensato da emoção. Treino mentalmente o que vou dizer, e a possível resposta do outro lado. Depois de tudo estar bem mastigado vou em frente. Mas fico sempre com a sensação que ficou algo por dizer...